segunda-feira, 14 de julho de 2014

Maior parte do lixo produzido no Brasil é orgânico e poderia ser aproveitada


Lixo, uma montanha de problemas

Somente na cidade de São Paulo, mais de 5 mil toneladas de resíduos orgânicos domésticos são enviados diariamente para aterros sanitários. Resíduos podem ser aproveitados na forma de adubo orgânico.

Mais da metade de todo lixo produzido no Brasil é composto por resíduos orgânicos que inclui restos de alimentos como frutas, legumes e folhagens que consumimos diariamente. Essas sobras que, muitas vezes, vão para aterros sanitários e lixões, podem ser transformados em adubo orgânico para serem utilizados em hortas, parques, praças e jardins.
São Paulo acaba de lançar um projeto para compostagem doméstica, que deverá distribuir 2 mil composteiras para reutilização de resíduos orgânicos.
O projeto contempla uma das propostas defendidas há anos pelos catadores. O objetivo dos trabalhadores desse ramo é chegar a um patamar de 100% de reciclagem, como defendeu Alex Cardoso, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em recente entrevista à Radioagência BdF.
"Nós temos hoje no Brasil um potencial de 53 a 56% de materiais passíveis de reciclagem. E na nossa parte é que tenha investimento para fazer a compostagem e a partir da compostagem fazer biodigestores. E a partir dos biodigestores produzir a biomassa para geração de energia. E o reaproveitamento dos resíduos da construção civil para que se possa construir ruas e blocos para fazer pavimentação."
Nos aterros sanitários, os resíduos orgânicos causam problemas ambientais, como por exemplo, a formação de chorume tóxico, ao se misturar a outras substâncias, que pode infiltrar-se no solo e contaminar a água subterrânea.
Diariamente, em São Paulo, são enviados para o aterro sanitário 18 mil toneladas de resíduos, sendo 10 mil toneladas de origem doméstica. Somente na capital paulista, mais de 5 mil toneladas de resíduos orgânicos domésticos são enviados todos os dias para aterros sanitários.
De São Paulo, da Radioagência BdF, Leonardo Ferreira.
EcoDebate, 07/07/2014

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