quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Banda havia usado fogos em outra boate do mesmo dono, diz advogado


Representante dos músicos contesta posição da Kiss sobre superlotação da casa

Representante dos músicos contesta posição da Kiss sobre superlotação da casa<br /><b>Crédito: </b> Tarsila Pereira
Representante dos músicos contesta posição da Kiss sobre superlotação da casa
Crédito: Tarsila Pereira
O advogado da banda Gurizada Fandangueira, Omar Obregon, afirmou nesta quarta-feira que os responsáveis pela boate Kiss já sabiam da apresentação pirotécnica durante os shows. De acordo com ele, o grupo já havia usado artefatos semelhantes em outras casas noturnas dos proprietários.

Segundo Obregon, no último dia 21, na Absinto, a banda fez o mesmo show e usou o mesmo tipo de material. Ele relatou, ainda, que era de praxe o uso de objetos pirotécnicos na Kiss, já que todo aniversariante recebia uma champanhe com um sinalizador decorativo chamado de sputnik.

O advogado de um dos donos da boate, Jader Marques, garante que os empresários nada sabiam de fogos de artifício ou outros elementos pirotécnicos. Ele atestou que isso jamais seria permitido por saberem que o teto estava forrado com espuma.

Obregon salientou, ainda, que os bombeiros encontraram uma caixa de fogos de artifício após apagarem o fogo. Além disso, conseguiu o ingresso de número 691 da casa que seria de um jovem que entrou na boate à meia-noite, quando uma longa fila ainda iria entrar no estabelecimento. Para ele, isso contradiz a tese dos defensores da boate, sobre público dentro do permitido no espaço.
A partir disso, Obregon avalia que muitas das acusações feitas estão “tentando prejudicar o lado mais fraco”, a banda. Ele salientou que o grupo Gurizada Fandangueira recebeu somente R$ 800 para tocar e dividir entre sete músicos.

Incêndio teria começado com sinalizador
O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min de domingo. O público jovem participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado em uma forração de isopor.

As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.

Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.


Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba

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