segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Professor da Coppe debate projeto de geração de energia pelas ondas do mar em Congresso de Oceanografia

Primeira usina de energia a partir de ondas já opera no Porto de Pecém, CE - Ondas movem braços mecânicos flutuantes que ativam bombas hidráulicas: energia para abastecer porto. Foto: Aneel


Primeira usina de energia a partir de ondas já opera no Porto de Pecém, CE – Ondas movem braços mecânicos flutuantes que ativam bombas hidráulicas: energia para abastecer porto. Foto: Aneel

Novas fontes energéticas podem reduzir sobrepesca e emissão de CO2 – “As energias geradas por meio de fonte limpa e renovável são uma contribuição para tornar o oceano sustentável e amenizar problemas como a sobrepesca e principalmente a emissão de CO2”, afirma Segen Estefen, professor titular de Estruturas Oceânicas da UFRJ e diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe). Ele fará a palestra “Energias renováveis e sustentabilidade nos oceanos”, durante o V Congresso Brasileiro de Oceanografia, que acontece de 13 a 16 de novembro no Centro de Convenções Sul América no Rio de Janeiro. Segundo o especialista, estudos e ações, como a instalação da Usina Termelétrica Energia Pecém, no Ceará e o desenvolvimento do projeto-piloto, desta que será a primeira usina de geração de energia pelo movimento das ondas do mar, em parceira com a Coppe-UFRJ, é um grande passo para garantir a sustentabilidade do mar.
O professor se preocupa com as emissões de CO2 que já provocam um processo de acidificação nos mares e oceanos e afirma “o primeiro grande impacto positivo das novas tecnologias para o meio ambiente nesse processo é não emitir esses gases do efeito estufa na fase de geração dessa energia”. A palestra será no dia 14, às 10h30min.
Também será apresentado um panorama geral das técnicas para aproveitamento de fontes energéticas do mar para geração de eletricidade, baseado em um relatório apresentado por Estefen no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas: “Coordenei a apresentação do capítulo que trata de energias renováveis dos oceanos e vou apresentá-lo neste Congresso. Além desse aspecto vou focar no potencial que existe pra esse tipo de energia, e que dispositivos têm que ser desenvolvidos para um melhor aproveitamento”, adiantou o professor.
A situação mundial e as ações que vem sendo desenvolvidas no Brasil, além do estágio de discussão dessas pesquisas, também fazem parte do cronograma. Para Estefen é preciso desenvolver atividades econômicas sustentáveis no mar visando o crescimento da economia brasileira.
Estefen diz que esses novos métodos não têm nenhum aspecto negativo na vida marinha e, sob a perspectiva econômica, vão alavancar o setor, pois impulsionam o desenvolvimento da tecnologia nacional e geram novos empregos.
O CBO’2012
A resposta dos manguezais às mudanças climáticas; conflitos socioambientais na zona costeira brasileira; energias renováveis e sustentabilidade nos oceanos; gestão e segurança da navegação em portos são outros temas em pauta na quinta edição do Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO’2012), de 13 a 16 de novembro no Rio de Janeiro. A expectativa é reunir cerca de 2500 congressistas. Simultaneamente será realizada a VII Feira Técnico-Científica Brasil Oceano, com espaço aberto às empresas e entidades do setor. Organizados pela Associação Brasileira de Oceanografia (AOCEANO) acontece no Centro de Convenções SulAmérica – Av. Paulo de Frontin, n° 1, Cidade Nova (próximo à prefeitura).
Coilaboração de Marcelle Parente, para o EcoDebate, 12/11/2012

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